domingo, 11 de dezembro de 2011

Mês de Novembro


Nos dias doze, dezanove e vinte e seis de Novembro de dois mil e onze, pelas dez horas, realizaram-se em Almada várias reuniões presididas por variados elementos e com a presença de igualmente variados elementos e com a seguinte ordem de trabalhos.

                Eu só sei que lá estive.

E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Gato Verde


No dia cinco de Novembro de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Almada uma reunião presidida por Chico Norris e com a presença de Cristina e Libelinha e com a seguinte ordem de trabalhos.

Visita a misterioso bar e uma acta.

Combinei com Chico Norris que íamos ao misterioso e já famoso Gato Verde. Esse estranho local é constantemente referido pelo Chico Norris como agradável, bom e maravilhoso, por isso sempre tive curiosidade em visitá-lo. Enquanto esperava pela sua boleia encontrei a Shing e o Ark e mais outro em Cacilhas, por isso fomos tomar um café e falámos sobre a experiência da Shing no Eurocosplay. De repente apareceu a Libelinha para me chamar e fui embora, deixando a Shing e sua companhia livres para irem até à festa de 80s no Covil.

Perto da casa de Chico Norris apanhámos a Cristina. A sua presença fez-me aperceber do facto de que eu estava no lugar mais inconveniente do carro para que ela pudesse entrar, mas isso resolveu-se. E começámos a nossa viagem, por o Gato Verde ainda fica longe. Felizmente novas estradas foram construídas e elas tornam os acessos mais simples e fáceis.

Lá chegados, compreendi a aversão que Andrè tem ao local. É um sítio feio, no meio de prédios. Não é desagradável, tem um pequeno jardim com uma árvore raquítica à frente, mas é sem dúvida pouco belo. Entrámos, apenas um homem ao balcão. Passámos a uma sala interior, completamente vazia. O local é antigo e antiquado, parece o lobby de um hotel dos anos 80, castanho, verde e dourado, com sofás em camurça e mesas baixas. Das duas televisões antigas uma mostrava um filme de fantasia do canal Hollywood. Pedimos bebidas, Cristina e Chico Norris cervejas, Libelinha um licor Beirão (bebida de homem!) e eu um vodka com cola. Não me estava a sentir muito bem da barriga, por isso a coca-cola faria bem. E a verdade é que o vodka nem se sentia.

Depois de sentados, conversámos muito sobre muitas coisas. Essencialmente sobre o meu trabalho e os bichinhos e o gato Joãozinho que havia de morrer porque é feio, chato, está a sofrer e já não quer viver mais; a minha vida de anormalidade; as coisas más que os homens nos fazem; coisas específicas dos homens; pessoas dos Maristas que a Libelinha conheceu que até eram fixes (mas que eu mal conheci, só conheço de nome porque eram de anos a seguir ao meu); piadas do stand-up comedy que será feito no dia do Antigo Aluno.

                O vodka nada me fez, além de sono. Assim, decidi que o melhor seria deixarem-me em Cacilhas e continuarem a noite. Sabia-se que havia a noite de 80s no Covil, mas fechava às duas. Não se sabia se havia Avó. Isto é, não havia destino. A melhor opção mesmo, considerando este fado e a minha condição física, seria eu voltar. Olhámos para a loja de doces da estação, que tinha montanhas de Ferrero Rocher lá dentro e montanhas de gomas. Assim que eu entrei no barco, passou-me o sono todo e voltou a vontade de sair. Mas já era tarde de mais. Depois tive dificuldade em adormecer.

E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

Celebração de Samhain


No dia trinta e um de Outubro de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Almada uma reunião presidida por Johnny e com a presença de Ana Maria, Andrè e Potes e com a seguinte ordem de trabalhos.

Celebração de Samhain, karalhoke e uma acta.

Começo por dizer que eu não costumo sair dia trinta e um. Nunca, em cerca de 13 anos, saí à rua neste dia. Ok, saí uma vez, com uma antiga amiga, mas correu muito mal apesar de eu levar comigo uma pequena figura de Anubis para me proteger. Desta vez Johnny telefonou-me à tarde, estava eu a lanchar com a minha avó e com a Nela (que se puseram logo aos gritos a dizer que eu tinha um namorado), para saber se eu queria ir sair. Ora, eu tinha trabalho às três horas no dia seguinte, feriado, por isso disse que sim, poderia ir sair, mas teria de voltar cedo. Claro que assim que bateu a uma da manhã mudei de ideias, mas de uma forma ou de outra o combinado era voltar cedo porque o trabalho é o mais importante.

Do outro lado, encontrei-me com Johnny e depois fomos com o Potes e com Andrè tomar café perto da casa da Ana Maria. Falei-lhes do cão bebé Dogue Alemão que tinha visto e que era mega fofão.

Depois fomos para as piscinas e lá descobrimos que estava a chover. Sob chuva deslocámo-nos para o Santuário, onde estava ocorrendo a noite de karaoke. Como eu adoro karaoke não me importei de ir, apesar de estarem lá homens feios que me perguntaram se eu estava na quarta classe. Eu respondi-lhes que não, que estava na segunda. Andrè cantou Joy Division e entretanto havia lá um gajo chamado Olívio que estava sempre a cantar, completamente fora do tom. Eu e Ana Maria queríamos cantar o Peguei Trinquei, mas não nos deixaram. Finalmente deixaram que eu e Andrè cantássemos o Vira Vira dos Mamonas Assassinas.

Estávamos fartos de estar no Santuário, que é um local ligeiramente cansativo devido ao ruído e ao facto de o Marquinho se apoderar do lugar do DJ frequentemente para passar músicas que não interessam a ninguém. Por isso fomos para casa do Potes. Lá, Johnny e Andrè puseram-se a discutir e estragaram tudo o que um bom Samhain deveria ser. Eu tentei concentrar-me no vídeo que o Potes pôs a passar, que era o Choochauchin ou algo do género, mas as vozes deles sobrepunham-se e discutiam cada vez mais, sem conseguir compreender que estavam ambos certos e ambos errados ao mesmo tempo. Mas agora parece que as coisas já estão esclarecidas, através de cartas e outras coisas parecidas num roundabout approach que não me agrada especialmente. Por isso está tudo bem. O novo ano pagão não começou bem, mas nem sempre um começo feliz indica um ano feliz. Este ano vai correr bem de certeza, vai ser um ano de recomeços. Espero que também seja um ano de reconciliações.

Mesmo assim, devia ser proibido discutir no dia de Samhain.

E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Despedida da Rau

No dia vinte e nove de Outubro de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Bairro Alto uma reunião presidida por Rau e com a presença de Chico Norris, Libelinha, Cristina, Andrea, Wolverine e outros e com a seguinte ordem de trabalhos.

Shots com mel, morangoska, despedida e uma acta.

Antes de mais devemos esclarecer que o desejo da Rau para esta sua festa de despedida era que fosse uma festa de Halloween antecipado. Ora, eu desprezo essa celebração falsa e falaciosa daquele que é o feriado mais importante daquela que é, ou era (já não sei) a minha religião. Assim sendo, para não desfazer das boas intenções da pobre da Rau, decidi ir vestida normalmente mas de uma forma que todos pensassem que eu estava mascarada. Isso pode ser obtido através de um vestido tradicional da Baviera e um saiote. E tranças. E a minha mala de raposa e a minha mala de coelho, fazendo par uma com a outra. Assim, nesta figura, me sentei à espera de todos no Camões. Sentei-me ao lado de um trisal (casal de três pessoas) de Brasileiros. Quando as raparigas foram no banheiro, o jovem olhou para mim. Eu antes tinha tido o cuidado de ir comprar um a litrosa que me fizesse companhia, até porque estava bastante doente e precisava de álcool para fazer com que a tosse parasse, coisa que o jovem Brasileiro terá considerado bastante interessante pois, assim que meti o gargalo à boca, riu-se e falou comigo. Mas depois elas voltaram e não mais falou comigo. Pensei em falar com as outras pessoas à minha volta, por exemplo dizer àqueles infelizes estrangeiros que a promoção de bar que eles receberam era uma mentira, que ficava mais barato comprarem cervejas de litro, mas acabei por não dizer.

E de repente chegou a Rau e a sua comitiva. Ela vinha vestida de veterinária assassina, com bata suja de sangue, cutelo de plástico, cãozinho de plástico com uma corda a fazer de trela e estetoscópio. Os seus amigos tentaram ouvir-se com o estetoscópio mas, ao contrário de mim, eles não ouviram vozes quando encostaram o estetoscópio à cabeça. Entretanto chegaram a Libelinha e a Cristina, que me fizeram companhia na minha doença. Falámos sobre como eu sou uma pessoa deprimente e como pessoas à minha volta tentam sem eficácia que eu seja menos deprimente.

Entretanto subimos a rua até um bar onde, aparentemente, serviam shots com mel. Eu também pedi um e fui à rua tentar fazer um brinde em homenagem da nossa Rau. Eu pensava que ela ia para a Alemanha, mas afinal vai só para Lagos. Ninguém me ligou nenhuma. Bebi o shot e fiquei com as mãos pegajosas de mel. Depois voltei para o bar onde combinei com a Libelinha e com a Cristina que todas nós iríamos arranjar namorados para fazermos 6 pessoas para irem para Nárnia no fim de ano meter letras do alfabeto no bucho.

Eu passei a anatomia, todas as coisas impossíveis podem acontecer.

Entretanto chegaram o Fabiano e o Gaminho, e mais tarde o Chico Norris. Subimos mais e fomos ter ao Rua. No bar em frente do Rua tentei descobrir a casa de banho, mas não existia por isso fui a outro. Lá uma Americana elogiou a minha roupa e a minha mala. No entre tempo, Libelinha tinha na sua posse uma Morangoska para mim, que eu lhe tinha pedido que obtivesse para minha satisfação. Olhei em minha volta e estava lá a Andrea e o Wolverine, e o Madonna mais aparte. A Andrea trazia uma coisa que lançava confettis. Lançou-os assim que viu a Rau, mas não funcionou à primeira.

Depois fomos para o miradouro, mas eu já estava a dar de mim, porque tinha estado a trabalhar o dia todo com a veterinária que tem dupla personalidade e porque estava doente. Ainda pensei, “devo vir para aqui, pode ser que o jovem que conheci e que nunca mais vou voltar a ver esteja aqui”. Mas não estava, por isso acabei por ir-me embora enquanto todos estavam a descer. Chico Norris apanhou um táxi para mim. Tinha a esperança de ficar doente logo a seguir para poder faltar ao trabalho, mas a verdade é que acabei por melhorar progressivamente e não faltei.

E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Conversa Imaginária


Durante estes meses em 2011, entre 29 de Agosto e 25 de Outubro, nas horas que correspondem, realizaram-se muitas coisas em muitos locais onde fizemos muitas reuniões, presididas por vários e com a presença de quase todos e com a seguinte ordem de trabalhos.

A conversa, muitas conversas, tantas acções, o caos, tudo o resto e uma acta.

Passaram-se efectivamente muitas coisas, e eu descurei-me nas actas porque estudava para anatomia e ia a aulas de código e de condução. Já nem sei quantas coisas se passaram, nem quem passou por mim até chegar a ti, mas sei que é necessário escrever esta acta. Comigo passaram-se vários eventos. Passei a anatomia, com 10MOTHERFUCKING8. Comecei o meu estágio numa clínica veterinária de bairro onde conheço muitos animais diferentes todos os dias, tanto humanos como inumanos. Só me faltam duas aulas para acabar o código. Fiz anos e vesti a minha réplica do Carousel da Angelic Pretty. Conheci um rapaz que nunca mais vou ver na vida. Vi muito anime que me fez feliz e alguns que me deprimiram. Tenho um disco externo novo chamado Peter, que se liga à televisão, por isso agora posso ver filmes com a minha família. Fui a mais um evento de cosplay e fiquei em último lugar, como vem sendo habitual. Tenho estado a trabalhar na tese e o professor passa o tempo a ralhar comigo.

Mas tudo isto é irrelevante, porque o âmago da questão foi tudo o que se passou na convivência com os outros. Os outros, os outros já não se entendem. Os outros esconderam coisas uns dos outros. Os outros revelaram coisas uns aos outros. Os outros estiveram comigo, e eu estive com eles, mas nada era como antes. Tudo estava diferente, já desde tempos anteriores, as coisas não estavam bem. Eu sabia, mas não queria que as coisas fossem assim, por isso fingi que não sabia de nada, por isso tentei obrigar toda a gente a viver na mentira. Parafraseando o DJ, os últimos meses foram assim:



Já não há uma Sétima Pessoa a unir-nos. Já não há nada, mas o que é que esta humilde secretária deve fazer em relação a isso? Dizem-me que se eu disser as coisas que acho e sinto, que tudo se vai resolver. Mas, como é característica comum aos secretários que forjam actas, eu dou-me melhor com as palavras escritas do que com as faladas. Por isso farei uso deste método rotundo para dizer, na melhor das minhas capacidades, aquilo que eu tenho para dizer a todos e a cada um.

Chico Norris: Eu perguntei a opinião à Internet sobre tudo o que se passou nestes últimos tempos. Usei nomes falsos, localizações falsas e foi tudo sobre a minha máscara do anonimato, por isso não precisas de te preocupar (nem nenhum de vós). A Internet disse-me que a culpa era toda tua. Mas eu não acredito que a culpa seja toda tua. O que eu acredito é que tudo se podia resolver se não houvesse ideias, mas havendo-as as coisas podem ficar assim irresolvidas. Se és mais feliz assim, eu só quero que sejas feliz. Obrigada por estares sempre lá para mim quando eu preciso mais. Obrigada por me carregares em ombros quando eu fumo da tribo. Obrigada por nunca falhares uma boleia até Cacilhas. Obrigada por me encontrares sempre um táxi, por mais que a rua esteja deserta. Obrigada por afastares a roundkicks todas as pessoas que me querem fazer mal. Obrigada por me ouvires a dizer coisas horríveis de forma sempre neutra. Obrigada por me afastares o cabelo quando estou a falar com o Gregório. Obrigada por teres o CD dos 10.000 anos. Obrigada por me deixares fumar no Lulu de Cascais. Quero dizer obrigada até sempre, por isso nunca deixes de estar aqui.

DJ: Eu sei que tu tens muitas coisas para dizer e às vezes não as dizes. Mas tu és a única pessoa verdadeiramente neutra no meio disto tudo. Tu és capaz de ser a única pessoa que é incondicionalmente uma pessoa para nós. Obrigada por ainda nos aturares. Obrigada por me dares abraços. Obrigada por gostares daquilo que eu mostro. Obrigada pelos Daft Punk. E obrigada por nunca me abandonares, nem a mim nem a ninguém (excepto quando vamos à Avó, não devias implicar com ela)

Cristina: Quando apareceste eu nem sequer sabia quem eras, mas agora já sei. E não quero que desapareças da mesma maneira como apareceste. Tu és a minha amiga, a minha companhia feminina, a única que compreende quando se fala de tampões vs pensos higiénicos, a única com quem se pode comentar as belas formas de um traseiro macho, a única âncora neste mar perturbado. Quando te abracei era porque o que eu te queria dizer era um abraço. Obrigada por estares sempre lá. Obrigada por me dares boleia mesmo quando não tens gasolina. Obrigada por pensares abrigar-me na tua casa quando não tinha sítio onde ficar para a Festa do Avante. Obrigada por dizeres que sou bonita. Obrigada por me dares confiança. Perdoa a violação da tua intimidade, eu não achei bem, eu nem sabia de nada e também não queria saber, porque é um assunto que é só teu. E nos assuntos só das amigas uma pessoa não se intromete. Por favor não te vás embora, porque assim fico com muito pouca gente que me compreende.

Andrè: Se eu sou Oscar, tu és mon Andrè. E eu por ti fazia a revolução. Obrigada por me aturares durante este tempo todo. Desculpa todas as coisas horríveis que eu digo, pois são só o reflexo da minha preocupação e as minhas intenções são as mais puras. Mas de boas intenções está o Inferno cheio. Por favor não deixes de me aturar e, se for preciso a revolução, vem fazê-la comigo. Como sempre.

Johnny: Deixei-te para o fim porque precisava de organizar as ideias, mas não as consigo organizar e só sei dizer que as coisas que eu acho que as pessoas acham são só aquilo que eu acho que as pessoas acham. Não são aquilo que eu acho. Tu vais ser sempre o meu onii-chan. Já muita gente te traiu, já muita gente te fez mal, mas eu nunca vou fazer isso, e quando eu digo nunca isso é uma coisa absoluta. Obrigada por me teres mostrado que o céu não é o limite. Obrigada por teres visto o pimento autista. Obrigada pelo PI. Obrigada pelos abraços. Obrigada por me levares a casa. Obrigada por me ires buscar a Cacilhas. Obrigada pelos cigarros. Obrigada por me dizeres sempre onde é a casa de banho. Obrigada pelos lenços de papel. Obrigada por rires comigo. Obrigada por me fazeres acordar quando estou a morrer. Obrigada por me deixares dormir dentro do teu carro. Obrigada pela Coitadinha. Obrigada por me teres emprestado o teu colchão insuflável. Obrigada por partilhares a tenda comigo. Obrigada por me pagares cafés. Obrigada por me dizeres que não estou gorda. Obrigada pela esperança. Obrigada por me explicares as coisas. Obrigada por te rires das minhas histórias com animais. Obrigada por me deixares ser a tua imouto. Obrigada por me imaginares. Também quero ter sempre razões para agradecer, por isso não te vás embora.

E obrigada a todos pelo Ano Novo. Por Nárnia. Por Fat Hill. Pelas noites em Almada. Pelo meu aniversário. E por tudo o que sempre fazem por mim, apesar de eu não merecer.

Já que estamos numa de informações para todos, quero informar mais pessoas:

Andrea: Tenho saudades tuas. Obrigada por me dizeres as coisas como elas são. Obrigada por me deixares visitar-te. Obrigada por me acolheres sempre na tua casa. E desculpa por uma vez ter dado uma trolitada na Mina, foi sem querer.

McSousa: Também tenho saudades tuas. Obrigada por me dares sempre boleia. Obrigada por fazeres cosplay comigo. Obrigada por veres o anime que eu te digo para veres. Obrigada pelas noitadas em casa do Guitarrista. Desculpa ter-me zangado contigo na minha festa, fiquei triste por terem ido sem mim mas não valia a pena ter-me aborrecido tanto e ter-te feito também triste.

Princesa Fifi: Obrigada por me fazeres sempre companhia. Desculpa ter-me zangado por causa do vestido, eu tentei explicar e justificar-me mas não deu bem. Eu não queria ser tão má e não queria que a minha reacção tivesse sido aquela. Ultimamente já me controlo melhor, por isso não volta a acontecer.

Ana Maria: Tu ensinas-me muitas coisas, mas tenho de dizer que eu também sei muitas coisas teóricas, porque estudo muito. Ainda assim, por favor, continua a ensinar-me coisas. As nossas vidas já foram muito tristes, mas agora podem ser felizes, por isso vamos ser felizes, está bem? Obrigada por leres as minhas histórias.

Jo: Sem ti eu não tinha passado a anatomia. E não tinha feito tudo em primeira fase. Sem ti eu não teria visto a coisa comprida e sem ti não teria tido boleia nem cigarros no Baile de Finalistas. Obrigada. Vamos fazer mais viagens loucas e instrutivas, vamos ver mais coisas compridas, vamos outra vez perder-nos em cidades desconhecidas, vamos outra vez traficar especiarias dentro do sutiã (e cheirar a cigano). A Noaa está bonita e cheia de pêlo!

Ivone: Obrigada pelas tardes de estudo, pelas noites em Almada e por me ajudares a enfrentar o monstro da tese. Espero que o estágio esteja a ser divertido!

Pessoal da Lusófona: Obrigada por me fazerem ter vontade de ir às aulas, por se rirem com as minhas macacadas e por me escolherem como a mais apropriada personagem do curso.

Shing: Eu sei que ando em sítios pouco recomendáveis da net, mas não fui eu que postei a tréde sobre ti, nem fui eu que disse todas aquelas coisas más. Deu-me a impressão que estás triste comigo, e se for por causa disso fica sabendo que eu não fiz nada. Também não te defendi, porque isso ainda ia ser pior. A única coisa que postei foi “o segundo representante de Portugal foi escolhido, mas acho que era só uma pessoa no concurso”. Espero que te corra tudo bem no Eurocosplay. Como disse por mensagem, há concorrentes muito fortes (mesmo muito fortes), mas se deres o teu melhor vais conseguir uma boa classificação de certeza. Diverte-te muito e trás muitas ideias para esta pasmaceira de país.

Comunidade de Anime: Se eu não gostasse de vocês, depois das coisas horríveis que já me disseram e que dizem sobre mim, eu já tinha desistido.

The Agora: Thank you for being always there for me. Thank you for all the advice and support. I know I’m very far away from all of you, but someday we’ll have the chance to meet and I’ll have the opportunity to show you all the beautiful things that go inside my head.

CnC: Thank you for being my company every night. Thank you for sharing your opinions on anime and for listening to all my blabbering about series nobody cares about. Thank you for reading me and all my problems and thank you for the irony, because it always makes me smile and feel better about all the situations. There are still may things that I want to tell you guys, and I hope I’ll be able to meet all of you in person and collect all of the club members’ photos.

Em resumo, obrigada por tudo, desculpem por tudo. Eu sou má, mas não quero ser e todos os dias me esforço um bocado grande para não o ser, para não pensar coisas malignas, para não fazer coisas satânicas e para não conceber ideias negras. Mas são tantas que não consigo controlar todas. Por favor continuem comigo. Durante muito tempo eu não tive ninguém, nem uma única pessoa. Agora que vos tenho a todos não quero que desapareçam e quero que fiquem comigo para sempre. É muito egoísta. Perdoem-me por isso.

A escrever isto poderia dizer que, como Genji e as suas princesas, molhei as mangas do meu traje, mas a realidade é que as ensopei de ranho e baba.

Eu vou estar sempre aqui para o que der e vier.



E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.