segunda-feira, 27 de junho de 2011

Anos da Rau


                No dia vinte e seis de Junho de dois mil e onze, pelas oito horas e meia, realizou-se em Bairro Alto uma reunião presidida por Rau e com a presença de vários e com a seguinte ordem de trabalhos.

                Um encontro de aniversário e uma acta.

                Era o aniversário da menina Rau e por isso fomos ter com ela ao miradouro de S. Pedro de Alcântara, acho que era este. Antes ainda fui comprar um telemóvel novo com a minha mãe porque o dela não se ouve a falar, mas isso já é outra história distinta. Enfim, encontrei-me com Chico Norris no Camões depois de comprar tabaco e seguimos para cima, passando por uma litrosa no caminho. A Rau estava a falar em alemão com uns Alemães que lhe abriram a garrafa de vinho. Fomos para a parte de baixo do miradouro, que tem uns banquinhos muito mais fofos e o George Clooney de Albuquerque

                Depois chegaram o Peru e a sua oliveira, e depois o Fabiano, o Zé Gato e a Bacalhoa. A Rau tinha bolo e comemos bolo e gomas. Chegaram mais amigos dela e seguimos para o Bairro Alto. Lá, encontrámos Andrea e Wolverine e a Miss Navarro perdeu um brinco. Fomos a um sítio com caipirinhas mega e mega caras e depois fomos para o Indie. Eu e Chico Norris fomos sentar-nos à porta do Conservatório. Ainda estivémos lá um bocado, mas mais ninguém veio ter connosco e saímos de lá logo depois de dois mânfios me terem cravado cigarros. Não sei o que tem este tabaco Chesterfield de especial, mas a verdade é que os mânfios me têm pedido cigarros sem parar e agora só me resta um único cigarro.

                Depois pedi ao Fabiano que fizesse daquela coisa legal da loja. Mas ninguém o conseguiu fumar convenientemente e tive de ser eu a fumar quase tudo. Foi quando o pior aconteceu. Fui sentar-me outra vez à porta do Conservatório com a Andrea. E a Andrea pôs-se a ralhar comigo, a dizer que eu não devia misturar a risperidona com os canabináceos, e eu a explicar-lhe que não que os receptores são diferentes e uma coisa não interfere com a outra. E não é que assim que eu me levanto sinto uma tontura tal que não me aguento em pé? E preciso de ir a respirar por ali afora como se estivesse quase a morrer? Que mau exemplo. Isto não acontece assim tantas vezes. Ou se calhar acontece e eu é que não reparo.

                Depois eu fui para casa, estava cansada do dia anterior. Esqueci-me da chave e tive de pedir que me abrissem a porta e foi horrível. Em compensação, um peixe-lua foi a casa da sua avó.


Desta vez o Andrè não esteve presente, por isso fica em sua homenagem a fantástica história que ele contou uma noite destas e que me esqueci de colocar na acta. Havia um frigorífico, ou refrigerador, que não funcionav. Tinha sardinhas lá dentro, à volta de um pão-de-ló, mas como estava o refriegerador estragado as sardinhas apanharam a E.coli das sardinhas e tornaram-se um perigo para a humanidade. E a humanidade pensou como se podia salvar. A solução estava nas gaivotas, que são quem come as sardinhas. E elas comeram as sardinhas e dominaram o mundo. Mas como as sardinhas tinham E.coli das sardinhas, as gaivotas ficaram com uma enorme caganeira. E aí elas pensaram “só tenho um dia para viver. O que é que eu vou fazer? Vou foder!” e puseram-se a fazer tal actividade, de forma a que estavam sobre rochas com as ondas a bater e a ter orgasmos e a gritar ah ah ah ah ah. E é esta a relação entre Os Mutantes e O José Cid.

                E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

Jantar de Turma


No dia vinte e cinco de Junho de dois mil e onze, pelas oito horas e meia, realizou-se em Bairro Alto uma reunião presidida por FMV e com a presença de vários estudantes desta instituição e com a seguinte ordem de trabalhos.

                Um jantar, uma ida ao Bairro Alto e uma acta.

                Trata-se do último dia de aulas. Última frequência. De sempre. De toda a nossa vida. Por isso o que é que, como prestes-a-ser-médicos-veterinários, fazemos? UM JANTAR! Oba! Foi marcado pela Covinhas num restaurante de fados ao pé da Sé. Eu fui ao Cogumelo Mágico comprar aquela cena que o Johnny tinha e segui para lá. Ainda estive um bocadinho à porta da Sé, estava a passar Guns’n’Roses.

                Sentei-me entre o Suinicultor e a TaSi, com a Ivone diante de mim, e passaram-se as seguintes coisas, numa lista para ser de mais fácil consulta:

                - Ser uma excepção às febras e sardinhas servidas, tendo a possibilidade de comer um maravilhoso Redon constituído de carne de vaca gordurosa. O Bushes comeu o redon do meu redon.
                - Descobrir a porta de saída sem passar pelos fadistas.
                - Fechar essa porta.
                - Desesperar com essa porta fechada.
                - Abrir essa porta.
                - Ter uma conversa séria com o Suinicultor e o seu Harém, incluindo a questão de “como te sentes em relação a ter um harém?” (note-se que a questão não foi desmentida nem admitida)
                - Falar sobre a minha nova aquisição com o Nando.
                - Ter encantadoras fotos tiradas pelo Withstamp.
                - Observar como o Faustãozinho estava triste e infeliz, provavelmente a regata correu-lhe mal.
                - Abraçar o Gonçalinho, porque ele estava infeliz por ter gasto meio depósito devido às indicações manhosas do Doutor Sousa Santos.
                -Um brinde ao hiperadrenocorticismo atípico.

                Depois o Withstamp gritou que eram quase três da manhã (era uma e meia, por aí) e fomos a correr para o Bairro Alto. Todos foram de carro, menos eu, o Gonçalinho e a Ivone, que – como o Gonçalinho não estava em condições – fomos a pé. Comprando litrosa e musca pelo caminho. Depois encontrámos o Spear e o Bushes e essa gente e comprámos mais litrosas. E depois, como a Covinhas estava mutilada de um pé, ficámos ali parados, na rua do Eclipse, simplesmente parados. E durante esse momento parado aconteceu:

                - Eu implicar com o Withstamp e confessar-lhe que ele é que anda a implicar com toda a gente.
                - Aparecerem namorados de pessoas, apesar de eu não conseguir compreender como podia aparecer tanta gente e quem eram. Um deles disse que me admirava por causa do poema da Lua que eu recitei no Baile.
                - A Leo e o Nando aparecerem do nada, para minha grande felicidade.
                - Tirarmos muitas fotos.
                - O Macau desaparecer, porque ia para o Lux. Aparentemente ele não paga em lado nenhum em Lisboa, bem me podia ter levado com ele, que eu não ocupo espaço nenhum.
                - Chuchar é chupar com carinho.
                - Um brinde ao hiperadrenocorticismo atípico!
                - Experimentarmos a coisa que o Johnny recomendou. Ficaram todos espantados por eu não ser capaz de fazer a dita cuja sozinha, mas a verdade é que eu prefiro não treinar com material precioso. Assim, foi o Bush a fazê-la, e decidiu misturá-la com o bom pólen de Almada que a Ivone tinha.

                Depois o Bairro Alto fechou. Eu, a TaSi e o Bushes apanhámos os três um taxi e lá seguimos. Cheguei a casa toda maluca e fui falar com o Jinxo e com o Whitew no IRC. Depois falei com o Chico Norris no FB. E combinei logo sair no dia seguinte. Acordei feliz e relaxada e fui fazer um yukata.
                                E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

Regresso à Casa da Avó


                No dia vinte e dois de Junho de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Almada uma reunião presidida por Johnny e com a presença de mim, Libelinha, Ana Maria, Fabiano, Zé Gato, Gaminho, Andrea, Wolverine, Andrè, DJ e Chico Norris e com a seguinte ordem de trabalhos.

                Só uma saída e uma acta.

                Surpreendentemente, estava eu a vir de estudar medicina interna de animais de companhia na biblioteca da faculdade, recebi um telefonema de Johnny. Estava ele a convidar-me para ir a Almada nessa noite. E eu, que sou uma pessoa fiel aos meus instintos, decidi imediatamente que iria.

                Cheguei e esperei um pouco por Johnny, que veio com Ana Maria. Estava frio e vento, mas aguentava-se. Fomos até ao café do Ivo, onde DJ e Chico Norris já estava à espera. Lá, pedi um gelado de morango, que é um elemento que posso comer na minha dieta. Entretanto chegaram a Libelinha, Zé Gato e Fabiano, e só depois Andrè. Gaminho veio ainda mais tarde. Umas amigas de Ana MAria apareceram e recrutaram-na para ir com ela ao café do lado. Falámos de diversas coisas, nomeadamente bifes japoneses feitos de cócó.

                Dirigimo-nos, depois, para as piscinas. Mas as piscinas estavam cheias. Estava tudo cheio! Tudo completamente cheio! Procurámos um lugar e só viemos a encontrar um perto do seminário, que eu nem sequer sabia que existia. Íamos a ouvir Caruma e a recordar o concerto, e chegámos até à Coitadinha quando estacionámos. Nesse momento, Johnny revelou coisas engraçadas e completamente legais que tinha comprado para colmatar a falta de coisas verdes! Uma cheirava a morango, e dessa experimentámos imediatamente. Sabia, efectivamente, a morango, muito deliciosa! Tinhamos um Don Simon, pelo que fomos até às piscinas para o bebermos. Depois fomos atéà Casa da Cerca, onde estava a existir um concerto om croquetes. Mas nesse momento Andrè lembrou-se que precisava de levantar dinheiro e, por isso, lá fomos nós levantar dinheiro. Havia a opção de subir por umas escadinhas e eu queria ver as escadinhas. Andrè viu que, tal como eu na semana anterior, não tinha dinheiro ou que ainda não tinha chegado à sua conta. Por isso Johnny levantou por ele. Descemos pelas escadinhas, que eram mesmo imensas. E quando chegámos à Casa da Cerca... Não nos deixaram entrar. Vimos o Pata amarrado a um poste, a ladrar frenéticamente, em busca da sua Freak. Johnny consolou-o "Freak, onde está a tua Freak? Ó Pata, queres um ácido? Queres um ácido?" Ele acalmou um bocadinho. Parecia que já não via o Pata à imenso tempo, estava mais entroncado, mais gordinho. Andrea e Wolverine apareceram e repararam no mesmo.

                Entretanto Ana Maria informou que estava numa prova de vinhos no Cheers, e nós fomos lá ter. Dado que a Casa da Cerca estava fechada para nós, apesar de Andrè ter feito todos os esforços a falar com os seus conhecidos do teatro, quero dizer.

                Provámos os vinhos e Andrè convenceu-me a ficar, apesar de eu ter frequência de Medicina Interna na Sexta e de estar em pânico. Posto isto, ele pôs-se a convencer a Ana Maria, utilizando como argumento uma extensiva análise à posição de Johnny no mundo e na vida. Conseguiu. Eu fui contar a Johnny o que se estava a passar, ele não tinha dado por nada, estava a falar com as amigas da Ana Maria. Então ele levou-me para um local à parte e disse-me que ia tentar desde que eu passasse na frequência. Eu disse:

                - Eu vou passar.

                Com esta cara:


                Mas ainda não sei se passei. Bem, não interessa. O que interessa é que agora tínhamos uma data de gente à espera de fazer alguma coisa, e essa coisa tinha um nome.

                Avó.

                Mas como levar esta gente toda? Resposta simples! Em grupos! Chico Norris foi à frente e eu fui atrás com Andrè. O dono estava lá mais para o fundo, mas assim que nos viu deixou-nos logo entrar. Deste grupo, só eu, Andrè e Chico Norris é que já lá tínhamos estado. O resto das pessoas admirou com fascínio o local encantador onde as tínhamos levado. Ali, experimentámos o outro produto do Johnny, que sabia a menta e que batia forte e feio. No final, Andrea também experimentou um bocadinho, e parece que a aventura não lhe correu nada bem. Estávamos, os conhecidos da casa, o tempo todo a dizer “cuidado que isto é uma casa, portem-se bem que isto é a casa da vossa avó, vocês não estejam a pensar que isto aqui é para sempre só porque entrámos imensos à maluca”. Entretanto, Andrè decidiu sentar-se na escada e, dando um perfeito exemplo de como se está em silêncio, lá ficou.

                Cita DJ que ele disse “eu sou um caracol e está uma festa de trance aqui dentro”

Estava frio e comecei a ficar desmotivada. Voltámos para as Piscinas pensando que ainda havia um Don Simon, mas não havia mais nada.
                E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Concerto da Caruma

    No dia dezassete de Junho de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Lisboa uma reunião presidida por Caruma e com a presença de mim, Johnny, Cristina, Andrè e Chico Norris e com a seguinte ordem de trabalhos.

    Um concerto e uma acta.

    Esta noite encontra-se difusa na minha mente. A propósito do concerto dos Caruma, dirigimo-nos até á Bica. Esperei, com dois Don Simões e uma litrosa, pelos meus pares que, atrasados, só vieram no barco seguinte àquele que era suposto. E lá fomos. Johnny informou-e que não havia relva. A minha Holandesa havia terminado e isso era causa de grande preocupação para mim. Lá chegados, à Bica, vimos um electrico todo iluminado, com uma festa lá dentro, e encontrámos o palco. Vinha uma banda aleatória a passar. Encontrámos umas escadinhas e Chico Norris comunicou com um gato que, segundo ele "deve ser uma gatinha, e deve estar com o cio porque se está a esfregar em mim".

    A banda parou de tocar e informou que iam voltar, mas que antes iam os Caruma tocar. Corremos para encontrar Johnny, que já tinha avançado para guardar um lugar, e a Caruma veio. Para ficar.

    Começaram com os Diabetes com Chantilly e o código da prostituição. Depois avançaram para a Nossa Senhora do Sis. Eles iam explicando as músicas antes das tocarem, por isso aquilo que antes me pareciam letras alucinadas com um certo quê dentro delas, agora luziam simples e eficazes, numa linguagem vernácula aperfeiçoada para a linguagem musical. Depois passaram para a tesão, pelo que eu tive necessariamente que ignorar a música e acender um cigarro. Esperávamos a Coitadinha. Tinhamos combinado que eu iria fazer conversa com eles e perguntar para onde iam a seguir, para que nos levassem também. E o mote para isso era "eu sou a coitadinha!". Mas antes ainda foi o manifesto político, que já está desactualizado mas que eles decidiram manter, e a música sobre a outra. Eu bem disse que era Ela e que era a Outra, mas o vocalista não me deixou ser as duas ao mesmo tempo. Fez questão de o informar ao microfone, pouco de pois de dizer que estava bêbado. Ora, nós também.

    Até que finalmente chegou a Coitadinha. Como uma Coitadinha faz feliz tanta gente foi coisa que os espantou. Eu bem gritei que era a coitadinha, mas eles não acreditaram. De facto, Andrè concluiu que a coitadinha era a Mauritânia que andou de droga em droga até chegar ao fim do túnel e fechar a porta para o túnel para que mais ninguém entre.

    Depois passaram para músicas mais lentas, pelo que eu e Andrè fomos para um bar concomitante e lá esperámos. Lá eu falei-lhe do meu projecto, de traduzir todos estes bons albuns da música portuguesa e distribuí-los pelos locais mais recônditos da Internet, de forma a que os américas se sintam felizes ao ouvir a nossa música e compreendam que somos melhores que eles em todos os aspectos, incluindo mas não exclusivo ao musical.

    Veio o encore, a Nossa Senhora do Sis de novo e a nossa querida Coitadinha. A banda parecia estar a adorar-nos e acredito que há-de sair o DVD Live at Bica como especial para todos estes fãs dedicados que foram até ao meio da rua para ver os Caruma.

    E assim foi. Peço desculpa por o resumo do concerto ser tão resumido, mas estou neste momento à espera de apresentar um horrendo trabalho sobre o David Hasselhoff e a sua relação com o hamburguer.

    Procurámos, indo e vindo até ao Camões, o Zé Gato e o Fabiano. Eles depois acabaram por nos encontrar. E eu informei a アナ・さんe a マファルダ・さんque lá estávamos, para que viessem ter conosco. Era o aniversário da マファルダ・さん e eu tencionava fazer com que fosse tão épico como no ano anterior, em que eu havia abraçado um marco do correio, nos fascinámos com as vitaminas e a アナ・さん brincou aos ninjas. Elas acabaram por chegar, juntamente com o Poeta, a Magali, o Produtor e um gajo que me parecia solenemente infeliz. PArabenizámos a aniversariante, e ela pareceu ficar feliz. Estámvamos instalados ao lado de umas "fufas", uma das quais eu fiz questão de confundir com  um rapaz, quiçá para a confundir, ofender, magoar ou aborrecer, e todas as quais eu fiz questão de abraçar.

    Depois de os nossos novos amigos terem chegado, decidimos ir para o Berlin. Eu tinha feito a promeça dos dedinhos mindinhos com o Andrè de que, acontecesse o que acontecesse, iríamos ao Berlin. Por isso fomos.

    Chegámos, puseram-me carimbos nos braços e na cara e dançámos. Entre este momento, estar preocupada com as minhas amigas da aula de Japonês e estar a tentar levantar dinheiro, não me recordo de nada. アナ・さん depois, na aula, informou-me que eu andei tipo zombie, o que foi, segundo ela, muito giro e divertido. Lembro-me que tinha dois euros na conta bancária e que, derivado a isso, não tinha dinheiro para apanhar um taxi. Conseguimos, com ajuda de Chico Norris, recolher mais três euros para me ajudar. Não sei a quem é que os estou a dever.

    Mas lá cheguei a casa. No dia seguinte, a minha senhora mãe perguntou-me se eu tinha vomitado. Por isso é isso o que deve ter acontecido quando cheguei a casa.

    Posto isto, acho que tenho um problema. Serei eu incapaz de ir sair e de, como todas as pessoas normais, ficar só até às duas da manhã? Serei eu incapaz de sair sem beber que nem um animal e não me lembrar de como cheguei a casa? Isso saberemos nos próximos episódios. Não os percam, porque nós também não!

    E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cinco Noites Fazem Quase Uma Semana


                Nos dias três,  nove, dez, doze e catorze de Junho de dois mil e onze, por várias horas, realizaram-se em Almada e em Lisboa várias reunião presididas por ninguém e com a presença de diversos seres humanos e com a seguinte ordem de trabalhos.

                Todas estas noites de loucura e uma única acta.

                Esta acta compreende um resumo bastante resumido e inexacto dos fantásticos acontecimentos que compreendem esta semana e mais um dia. Devido à intensa actividade partidária que se gerou nestes dias, não foi possível a esta humilde secretária escrever uma acta para cada evento. Assim sendo, aqui se apresentam todos eles.

                As Fatídicas Festas de Almada

                Aparentemente, Almada tem santos. Não se sabe que santos são, se são o António ou outro qualquer, mas eles existem e andam por aí. Por isso, fomos celebrar a existência deles. Vesti-me especialmente para este diam com uma peruca curta que tinha comprado para um detestável cosplay e nunca mais usado desde aí e um chapéu. Avisei a Shing e o Ark que estaria pelo seu lado do rio, para que viessem ter comigo e vissem um pouco da civilização ocidental. E, dentro da mala, levava uma nova versão do muahaha.

                Era cachaça. A Cachaça Assassina.

                É certo que há a possibilidade de eu ser a única pessoa deste planeta que gosta de cachaça sem ser dentro de uma caipirinha. Mas era tão atractiva, com o seu rótulo com uma arara, e era tão a única coisa forte-sem-ser-vodka que havia no Continente do Colombo, que eu não resisti em trazê-la comigo.

                Havia portentosa greve dos comboios, por isso - mesmo indo de taxi para não me atrasar (tinha-me esquecido do telemóvel e atrasado cerca de quinze minutos, um número relevante pois define o chegar a horas ou não) - só cheguei ao outro lado depois de terem estado no café. Por isso não fui ao café e fui directamente para o arraial, em frente de uma tal de Incrível. Sentámos onde possível e depois chegaram a Shing e o Ark, que nem repararam no meu novo corte de cabelo. Falámos das lolitas e dos segredos das lolitas e de cosplay. Foram-se embora à meia noite, depois de a Shing ter revelado que o chocolate era a única coisa que a ajudava a libertar a tripa. Johnny chegou e manifestou o seu desagrado em relação à alteração capilar. Só depois descobriu que era uma peruca. Uma série de pessoas que eu conhecia de alguma parte mas de quem eu não me lembrava chegou e aglutinou-se ao nosso grupo.

                Depois eu falei a Johnny do sonho que eu tinha tido, com pequenos póneis e piratas. Eu tinha um pequeno pónei, nascido de um ovo, que cabia na palma da mão, azul escuro com estrelas fluorescentes, crina fluorescente e cauda fluorescente. E um corno e asinhas. As marcas que os pequenos póneis têm no rabo, elas são feitas de uma maneira especial. E eu marcava o meu pequeno pónei. Com um ferro em brasa arco-íris. O pequeno pónei gritava e fugia e eu ia atrás dele, por um enorme acampamento de pequenos póneis e seres humanos. E havia uma tenda, já nos limites do acampamento, só com tratadores de pequenos póneis, mas eram todos parecidos connosco. Estavam a beber cervejas e a fumar ganzas. O pequeno pónei fugiu pelo Parque dos Índios e eu entrei no barco dos piratas. Eu própria também era um pirata, muito talentoso por sinal, mas era um rapaz com uns doze anos. E dava mortais por cima da água e agarrava-me a cordas enquanto lutava contra os malévolos bucaneiros que queriam o nosso tesouro.

                Posto isto, Johnny ofereceu um copo de rum. E o rum AARRRRDE.

                Fomos à Feira do Livro da Incrível. Só tinha livros estranhos, com títulos igualmente estranhos. Johnny comprou cerca de oito, a um euro cada um. Eu queria comprar a história dos Sapatinhos Vermelhos para a minha irmã pequena, mas acabei por não o comprar. A história dos Sapatinhos Vermelhos é das minhas preferidas, porque é de longe a mais assustadora das histórias para crianças. A Disney devia fazer um filme, como fez para a Vendedora de Fósforos, e traumatizar-nos a todos para sempre.

                Depois de ouvirmos alguns belos excertos das mais radiosas músicas pimba da actualidade, dirigimo-nos para um tal de miradouro. Estava fechado, por isso fomos para umas escadas cheias de erva. Andrè apareceu neste momento, deprê.

                O rum já me estava a matar aos poucos quando fomos para as piscinas. Bebi a minha gelatina derretida. A partir daqui, esta incompetente secretária lembra-se de pouca coisa. Sei que eu e Andrè nos fomos isolar num canto porque a população estava muito ruidosa, mas que ainda cirandei pelo meio da multidão durante um bocado. E de repente apareceu a polícia e mandou-nos ir embora.

                Fomos embora, eu, Chico Norris, Andrè e DJ, e fomos para perto da arcada que tem escrito "Bairro Social". Acho que o local é o Olho de Boi, perto do rio, mas não tenho a certeza. Lá, Andrè morreu dentro do carro, respondendo apenas de vez em quando. Começámos a beber uma mistura de cachaça e sumo de ananás (não havia sumo de limão no Pingo Doce do Sodré, por isso levei ananás e laranja). Chico Norris não gostou, mas eu estava a apreciar. Apreciei tanto que a minha cabeça começou a associar aquilo ao rum que já lá estava e a ligação não correu bem. Fui andar com Chico Norris, que me levou a uma belíssima fonte com deliciosa água (na realidade era apenas um cano partido a lançar água do chão num chafariz, mas estava limpinha e fresquinha) e depois me deixou a delirar com o José Cid dentro do carro. Eu bem desligava a música, mas ela voltava. Depois fez-me uma Manobra de Heimlich e tudo o que eu tinha no estômago foi-se embora. Mas o que eu tinha na cabeça continuou lá.

                Amanhã é feriado e começa a intensa Celebração do Último Semestre de Aulas que a Lady Alguma Vez Vai Ter

                Chico Norris e a Libelinha apareceram para me apanhar, buscámos Andrè que trouxe Don Simons e um garrafão de água com ele e fomos para o café.

                No entanto, o café habitual estava cheio, ou fechado, ou algo semelhante que impossibilitava a nossa ida lá. Por isso fomos ao do lado. Já lá estavam Johnny, Ana Maria, um amigo deles cujo nome ainda não me disseram e que eu chamarei de Inominado e o Chico Norris. Falámos sobre diversas coisas, Libelinha disse que queria um vestido e Andrè disse que eu o podia fazer. Eu disse que isso me ia demorar pelo menos cinco episódios de Astro Boy e todos ficaram espantados por eu medir o tempo em episódios de desenhos animados. E tudo estava bem. Até que.... Até.... Até que....

                Apareceu...

                Apareceu...

                Uma barata.

                Eu e Ana Maria pusémo-nos a gritar, eles puseram-se a olhar e a comentar a existência da criatura e de repente Libelinha levantou-se e esmigalhou a criatura. Tanto eu como Ana Maria nem sequer conseguíamos olhar para lá, mas Johnny ainda tirou uma fotografia aos restos mortais do radioactivo ser e pôs-se a mostrar. Agora, porque é que eu, que me dou com bichos, tenho tanto horror a baratas? Porque são nojentas. São intrínsecamente nojentas. E depois desta aparição fiquei a pensar que tinha baratas a treparem-me pelas pernas.

                Fomos embora, ainda com a baratística sensação de que estávamos a ser observados por entidades resistentes à radiação. Fomos para o Arraial da Incrível e encontrei Ivone pelo caminho. Sentei-me ao lado dela e partilhámos coisas da vida. Conheci um amigo dela que tinha um bigode. Depois fui para o local da festa, onde nos sentámos e ouvimos mais maravilhosa música. A Celeste estava na banca de venda de álcool da Incrível e deixou-me passar para ir à casa de banho. Foi quando o pior aconteceu. De uma forma ou de outra, rodopiei na direcção errada e deixei de dar com a porta para sair. Estive muito tempo à procura da porta, e encontrei uma que não abria. Convencida que não podia sair, liguei ao Andrè - que não me atendeu - e ao Chico Norris - que me atendeu - a dizer que estava perdida e não conseguia sair, para enviarem alguém para me salvar. E, assim que desligo o telefone, encontro a porta da saída. Ainda encontrei o estafeta enviado a meio do caminho, mas disse-lhe "Eu? Eu não!" e fugi dali para fora.

                Algures apareceu Cristina. A Libelinha estava louca e encontrámos mais gente. Mas ela estava mesmo louca, como eu não a via há muito, muito tempo. Ela queria muito ir para um sítio que Andrè e Chico Norris tinham falado, a Casa da Avó. Chegámos à conclusão que estes arraiais aconteciam quando o Aslan dava álcool aos Narnianos. Era a festa de boas vindas para Nárnia.

                Depois dirigimo-nos para as piscinas, onde aconteceram os seguintes eventos, não necessariamente por esta ordem:

                - Ouvir música;
                - Ter revelações sobre a vida;
                - Falar da vida;
                - Dançar feito umas loucas;
                - Atacar a Lady e tentar despi-la;
                - Ele vive em ti, Ele vive em nós, Está lá em cima, A comer pãos-de-lós ---> Isto Andrè cantou, com a melodia da música do Rei Leão II (filme que, por sinal, só devo ter visto um par de vezes)
                - Fazer referências impróprias ao Nosso Senhor que Está Lá em Okinawa a Gravar Uma Novela

                Algures no meio desta confusão passámos em frente da Casa da Avó e batemos à porta, mas não havia nada. Algures no meio desta confusão, eu Johnny e Andrè fomos ver um canto que tinha lixo de grandes dimensões. Mostrei-hes o livro que estava a ler, a Light Novel por Rieko Yoshinara Ai no Kusabi, ou O Limite do Amor, que eles acharam bastante interessante por causa das ilustrações. Nesse canto encontrámos um livro chamado

A ESCOLHA DO MELHOR MODO DE VIDA

                Este livro encerrava todas as respostas a todas as perguntas. Ainda encerra, porque ainda aqui está. Basta fazer a pergunta e abri-lo numa página qualquer. Fica aqui a prova. Por exemplo, a questão filosófica que tem atormentado mestres e estudantes desde os tempos antigos, que Sócrates e Platão fizeram a si próprios todos os dias. A resposta à questão O que é o jantar hoje à noite.... É... Isto resulta em se silenciar os homens ignorantes que talvez acusem falsamente os servos do Altíssimo de serem obstinados, insoburdinados, anti-sociais, sediciosos e subversivos. A conduta elogiável dos cristãos mostra-se assim a melhor defesa contra a difamação do seu bom nome.

                E neste livro encontrámos o Ló e concluímos que o Ló é divino.

                Amen.

                Vamos para Casa da Avó continuar a intensa Celebração do Último Semestre de Aulas que a Lady Alguma Vez Vai Ter

                A primeira parte não interessa muito. Fomos ao Arraial mais uma vez, onde encontrei a Ivone e o amigo dela que tem um bigode à Dali, encontrámos a McSousa e o Guitarrista, encontrámos o Zé Gato e mais gente, fomos ao Acerca da Noite (ou à Cerca da Noite). E quando lá chegámos, Johnny e Ana Maria foram-se embora.

                Dali seguimos para as piscinas, o que também é uma parte que não interessa muito. McSousa e o Guitarrista acabaram por se ir embora pouco depois e ficámos só eu, Andrè, Cristina e Chico Norris.

                Estávamos todos cansados, a noite anterior tinha sido uma coisa muito complicada e muito engraçada, mas decidimos: "vamos tentar". E fomos. Encontrámos Andrea pelo caminho, que nos convidou a ir para casa dela, mas dissémos que íamos a um sítio e já vinhamos. Quando eu lhe apareci à frente, Andrea pergunotu-me imediatamente "o que é que andaste a fumar" e disse que a minha cara tinha escrito "verde" por toda ela. Mas fomos ao sítio. Eu não queria, porque podiam não nos abrir a porta ou mandar-nos com um balde de chichi, mas Andrè agarrou-me pelo braço e batemos à porta. À porta da Casa da Avó.

                E abriram-nos a porta.

                E deixaram-nos entrar.

                E lá dentro revelou-se a verdadeira Casa da Avó. Uma casa onde só os especiais podem entrar. Uma casa que é quase como o Inferno ou Nárnia, excepto que é uma - efectivamente - uma casa. Esta casa, que é mesmo uma casa, tem um jardim, com um terraço. Tem vários quartos e uma pista de dança. Tem um balcão para pedir bebidas e tem uma televisão. Tem sofás e cadeiras. Está toda decorada em modo retro. E é uma casa.

                Na Casa da Avó, sentámos e deitámos no sofá do grande salão vermelho. Conhecemos a Cátia e pusémo-nos a ver televisão. Estava a dar um programa muito interessante, aquela chuva cinzenta, mas em losangos horizontais. Depois mudámos para os Goonies. Andrè fez um filme, que vai para Cannes assim que se descobrir como se mandam coisas para Cannes. Talvez seja melhor mandá-lo primeiro para o Indie... Ou se calhar o ideal é mandá-lo para o MoteLX. O namorado da Cátia oficializou o seu namoro com a Cátia e tudo isso ficou gravado. Foi muito romântico e fofo. Depois mudámos de canal outra vez e os Goonies estavam de volta. Passaram para os Teletubos e ficámos um bocado a ver os Teletubos. O Andrè queria ser o roxo, mas depois quis ser o amarelo e depois o verde. No final, acabou por escolher ser o roxo. O dono da casa apareceu e pediu-me que me levantasse para ver se umas chaves tinham ficado no sofá. Depois mostrou-nos o crânio de um macaco, macaco esse que ele torturava quando era mais novo puxando-lhe a cauda sempre que passava em frente da gaiola dele. Aparentemente encontraram o crânio quando estavam a jardinar ao pé da árvore grande do jardim. Fomos ver o terraço. Voltámos e a nossa sala ainda estava disponível. O grande salão vermelho pertencia-nos e, como isto era a Casa da Avó, até nos podiamos descalçar. Eu adormeci um bocadinho.

                Fomos ver o terraço outra vez e o agora-namorado-da-Cátia veio conosco. O nosso novo amigo disse-nos que no grupo dele também havia uma pessoa que escrevia actas, mas nós explicámos que eu era imaginária e, por isso, pertenço a uma categoria diferente de pessoas que documentam a vida umas das outras. Mandaram-nos calar de forma violenta e calámo-nos. Depois descemos as escadas, coisa mesmo muito difícil, e descobrimos que, era a minha hora. é possível ter sido a primeira vez que parámos e considerámos não nos ir embora, mas acabámos por, com Andrè a correr à nossa frente chegar a tempo.

                Voltaremos a estar a fazer sala. Na Casa da Avó.

                Festa do Santo Toni

                Como o Santo Toni é aparentado ao Don Simon, comprámos dois antes de subir. Estávamos eu, Cristina e DJ e fomos ter com a Libelinha a Santa Apolónia. Pelo caminho, eu igualava fome. Depois o Peru assinalou-se como estando na Graça e subimos. Sofremos a subir. Andrè, por esta altura, também assinalou que afinal vinha. Estava doente mas como comeu panquecas com sardinhas sentiu-se melhor.

                Quando encontrámos o Peru, queríamos morrer com o cansaço. Havia uma festa no Miradouro da Graça, mas não ficámos lá. Ficámos num sítio com sardinhas a dois euros a unidade, onde eles comeram bifanas e eu comi um cachorro com uma SALSICHA DE PERU FEITA COM PURA CARNE DE AVES SEM PENAS NA CABEÇA. Esperámos que Andrea, Wolverine, R., F. e Celeste chegassem e eles chegaram. Indicámos o caminho a Johnny, Ana Maria, o Inominado e Andrè, que não estavam perdidos porque o Andrè estudou ali e sabe os caminhos todos.

                E ficámos todos, mais a Seni que é amiga do Andrè. Eu e Andrea fomos ver uma casa de banho e concluímos que aquela que canta que as montanhas estão vivas com o som da música deve ter acabado de sair da toilette. Porque é esse o sentimento de alívio.

              Ficámos mais um pouco, bebendo todo o nosso Don Simon e depois decidimos ir para o sítio onde estava o Peru. Eu, Cristina, Seni e Andrè ficámos pelo caminho e fomos ver a antiga escola deles (excepto de Cristina, que já não anda na escola há algum tempo). Lá, Andrè convenceu-me a utilizar os restos que me restam da Holanda. Eu convenci-me que a Seni estava infeliz, mas afinal era eu que estava a espalhar a infelicidade. Voltámos mais contentes com estas conclusões e passámos por uma festa dentro de um edifício que aparentava ser um campo polidesportivo. Mas não era ali.

                A verdadeira festa era na Vila Berta.

                Uma rua ladeada de casarões, toda iluminada. Andrè tinha razão quando se virou para mim e perguntou:

                - Olha lá, isto é Nárnia? Estamos em Nárnia!

                A rua tinha vinho e tinha música. A música era de certo modo genial, porque era pimba mas era aquele pimba bom que nós sabemos e mesmo que digamos que não gostamos... Lá no fundo até temos uma coisa por aquilo. Andrea chegou à conclusão que aquilo era New Order Português e que as Doce eram a Kilye Minogue (é assim que se escreve o nome da criatura?) Apareceram uns amigos com umas cervejas Carlsberg dentro de um saco preto e fomos felizes. Andrea e Libelinha fizeram-me questões e eu contei tudo, porque Hoes before Bros - no nosso caso.

                Dancei a Lambada.

                Cantámos o Bacalhau.

                Dancei com a Ana Maria e com o Andrè e entretanto a Seni foi-se embora para a Madragoa. Johnny também se queria ir embora, mas a boa da Ana Maria convenceu-o a ficar.

                Vinho por toda a parte. Não sei muito, sei que toda a rua brilhava e que era tudo genial, eu sentia a genialidade daquilo a correr pelas minhas veias e estava bem feliz, apesar da infelicidade que me haviam acusado de espalhar. Mas fomos embora. E não havia taxis, a fila era imensa. Tive de apanhar um autocarro, acompanhada por todas aquelas pessoas horríveis que vivem na Damaia e na Buraca e que vão a gritar umas com as outras até eu sair, depois de o autocarro dar a volta à Pontinha. Tive de sair em Sete Rios e apanhar lá um taxi, porque estava a ficar paranóica com as pessoas horrendas que estavam ao meu lado.

                Mas decidi nessa noite, passar a trazer um gravador para quando for a festas destas. Depois selecciono as músicas escolhidas pelo DJ da altura, e meto a setlist na net. Esta ideia entretanto já evolui mais, mas isso já é outra história.

                Woody Allen

                Para a nossa nova peça de teatro tanto eu como Andrea como McSousa temos de ver filmes do Woody Allen. Por isso dirigi-me a casa de Andrea depois do jantar para o fazer. Bebemos Amêndoa Amarga enquanto esperávamos que McSousa saísse da ponte, onde estava presa, e vimos o Manhattan.

                Chegámos à conclusão de que em todos os filmes do Woody Allen há uma criança, joga-se squatch e as gajas não usam sutiã.

                Repare-se que durante estes dias fui, progressivamente, perdendo unhas, pelo que agora já não tenho unha nenhuma. Ao menos isso permite-me escrever mais rápido!

                E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.