domingo, 4 de dezembro de 2011

Gato Verde


No dia cinco de Novembro de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Almada uma reunião presidida por Chico Norris e com a presença de Cristina e Libelinha e com a seguinte ordem de trabalhos.

Visita a misterioso bar e uma acta.

Combinei com Chico Norris que íamos ao misterioso e já famoso Gato Verde. Esse estranho local é constantemente referido pelo Chico Norris como agradável, bom e maravilhoso, por isso sempre tive curiosidade em visitá-lo. Enquanto esperava pela sua boleia encontrei a Shing e o Ark e mais outro em Cacilhas, por isso fomos tomar um café e falámos sobre a experiência da Shing no Eurocosplay. De repente apareceu a Libelinha para me chamar e fui embora, deixando a Shing e sua companhia livres para irem até à festa de 80s no Covil.

Perto da casa de Chico Norris apanhámos a Cristina. A sua presença fez-me aperceber do facto de que eu estava no lugar mais inconveniente do carro para que ela pudesse entrar, mas isso resolveu-se. E começámos a nossa viagem, por o Gato Verde ainda fica longe. Felizmente novas estradas foram construídas e elas tornam os acessos mais simples e fáceis.

Lá chegados, compreendi a aversão que Andrè tem ao local. É um sítio feio, no meio de prédios. Não é desagradável, tem um pequeno jardim com uma árvore raquítica à frente, mas é sem dúvida pouco belo. Entrámos, apenas um homem ao balcão. Passámos a uma sala interior, completamente vazia. O local é antigo e antiquado, parece o lobby de um hotel dos anos 80, castanho, verde e dourado, com sofás em camurça e mesas baixas. Das duas televisões antigas uma mostrava um filme de fantasia do canal Hollywood. Pedimos bebidas, Cristina e Chico Norris cervejas, Libelinha um licor Beirão (bebida de homem!) e eu um vodka com cola. Não me estava a sentir muito bem da barriga, por isso a coca-cola faria bem. E a verdade é que o vodka nem se sentia.

Depois de sentados, conversámos muito sobre muitas coisas. Essencialmente sobre o meu trabalho e os bichinhos e o gato Joãozinho que havia de morrer porque é feio, chato, está a sofrer e já não quer viver mais; a minha vida de anormalidade; as coisas más que os homens nos fazem; coisas específicas dos homens; pessoas dos Maristas que a Libelinha conheceu que até eram fixes (mas que eu mal conheci, só conheço de nome porque eram de anos a seguir ao meu); piadas do stand-up comedy que será feito no dia do Antigo Aluno.

                O vodka nada me fez, além de sono. Assim, decidi que o melhor seria deixarem-me em Cacilhas e continuarem a noite. Sabia-se que havia a noite de 80s no Covil, mas fechava às duas. Não se sabia se havia Avó. Isto é, não havia destino. A melhor opção mesmo, considerando este fado e a minha condição física, seria eu voltar. Olhámos para a loja de doces da estação, que tinha montanhas de Ferrero Rocher lá dentro e montanhas de gomas. Assim que eu entrei no barco, passou-me o sono todo e voltou a vontade de sair. Mas já era tarde de mais. Depois tive dificuldade em adormecer.

E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

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