sexta-feira, 24 de junho de 2011

Concerto da Caruma

    No dia dezassete de Junho de dois mil e onze, pelas dez horas, realizou-se em Lisboa uma reunião presidida por Caruma e com a presença de mim, Johnny, Cristina, Andrè e Chico Norris e com a seguinte ordem de trabalhos.

    Um concerto e uma acta.

    Esta noite encontra-se difusa na minha mente. A propósito do concerto dos Caruma, dirigimo-nos até á Bica. Esperei, com dois Don Simões e uma litrosa, pelos meus pares que, atrasados, só vieram no barco seguinte àquele que era suposto. E lá fomos. Johnny informou-e que não havia relva. A minha Holandesa havia terminado e isso era causa de grande preocupação para mim. Lá chegados, à Bica, vimos um electrico todo iluminado, com uma festa lá dentro, e encontrámos o palco. Vinha uma banda aleatória a passar. Encontrámos umas escadinhas e Chico Norris comunicou com um gato que, segundo ele "deve ser uma gatinha, e deve estar com o cio porque se está a esfregar em mim".

    A banda parou de tocar e informou que iam voltar, mas que antes iam os Caruma tocar. Corremos para encontrar Johnny, que já tinha avançado para guardar um lugar, e a Caruma veio. Para ficar.

    Começaram com os Diabetes com Chantilly e o código da prostituição. Depois avançaram para a Nossa Senhora do Sis. Eles iam explicando as músicas antes das tocarem, por isso aquilo que antes me pareciam letras alucinadas com um certo quê dentro delas, agora luziam simples e eficazes, numa linguagem vernácula aperfeiçoada para a linguagem musical. Depois passaram para a tesão, pelo que eu tive necessariamente que ignorar a música e acender um cigarro. Esperávamos a Coitadinha. Tinhamos combinado que eu iria fazer conversa com eles e perguntar para onde iam a seguir, para que nos levassem também. E o mote para isso era "eu sou a coitadinha!". Mas antes ainda foi o manifesto político, que já está desactualizado mas que eles decidiram manter, e a música sobre a outra. Eu bem disse que era Ela e que era a Outra, mas o vocalista não me deixou ser as duas ao mesmo tempo. Fez questão de o informar ao microfone, pouco de pois de dizer que estava bêbado. Ora, nós também.

    Até que finalmente chegou a Coitadinha. Como uma Coitadinha faz feliz tanta gente foi coisa que os espantou. Eu bem gritei que era a coitadinha, mas eles não acreditaram. De facto, Andrè concluiu que a coitadinha era a Mauritânia que andou de droga em droga até chegar ao fim do túnel e fechar a porta para o túnel para que mais ninguém entre.

    Depois passaram para músicas mais lentas, pelo que eu e Andrè fomos para um bar concomitante e lá esperámos. Lá eu falei-lhe do meu projecto, de traduzir todos estes bons albuns da música portuguesa e distribuí-los pelos locais mais recônditos da Internet, de forma a que os américas se sintam felizes ao ouvir a nossa música e compreendam que somos melhores que eles em todos os aspectos, incluindo mas não exclusivo ao musical.

    Veio o encore, a Nossa Senhora do Sis de novo e a nossa querida Coitadinha. A banda parecia estar a adorar-nos e acredito que há-de sair o DVD Live at Bica como especial para todos estes fãs dedicados que foram até ao meio da rua para ver os Caruma.

    E assim foi. Peço desculpa por o resumo do concerto ser tão resumido, mas estou neste momento à espera de apresentar um horrendo trabalho sobre o David Hasselhoff e a sua relação com o hamburguer.

    Procurámos, indo e vindo até ao Camões, o Zé Gato e o Fabiano. Eles depois acabaram por nos encontrar. E eu informei a アナ・さんe a マファルダ・さんque lá estávamos, para que viessem ter conosco. Era o aniversário da マファルダ・さん e eu tencionava fazer com que fosse tão épico como no ano anterior, em que eu havia abraçado um marco do correio, nos fascinámos com as vitaminas e a アナ・さん brincou aos ninjas. Elas acabaram por chegar, juntamente com o Poeta, a Magali, o Produtor e um gajo que me parecia solenemente infeliz. PArabenizámos a aniversariante, e ela pareceu ficar feliz. Estámvamos instalados ao lado de umas "fufas", uma das quais eu fiz questão de confundir com  um rapaz, quiçá para a confundir, ofender, magoar ou aborrecer, e todas as quais eu fiz questão de abraçar.

    Depois de os nossos novos amigos terem chegado, decidimos ir para o Berlin. Eu tinha feito a promeça dos dedinhos mindinhos com o Andrè de que, acontecesse o que acontecesse, iríamos ao Berlin. Por isso fomos.

    Chegámos, puseram-me carimbos nos braços e na cara e dançámos. Entre este momento, estar preocupada com as minhas amigas da aula de Japonês e estar a tentar levantar dinheiro, não me recordo de nada. アナ・さん depois, na aula, informou-me que eu andei tipo zombie, o que foi, segundo ela, muito giro e divertido. Lembro-me que tinha dois euros na conta bancária e que, derivado a isso, não tinha dinheiro para apanhar um taxi. Conseguimos, com ajuda de Chico Norris, recolher mais três euros para me ajudar. Não sei a quem é que os estou a dever.

    Mas lá cheguei a casa. No dia seguinte, a minha senhora mãe perguntou-me se eu tinha vomitado. Por isso é isso o que deve ter acontecido quando cheguei a casa.

    Posto isto, acho que tenho um problema. Serei eu incapaz de ir sair e de, como todas as pessoas normais, ficar só até às duas da manhã? Serei eu incapaz de sair sem beber que nem um animal e não me lembrar de como cheguei a casa? Isso saberemos nos próximos episódios. Não os percam, porque nós também não!

    E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

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