segunda-feira, 27 de junho de 2011

Anos da Rau


                No dia vinte e seis de Junho de dois mil e onze, pelas oito horas e meia, realizou-se em Bairro Alto uma reunião presidida por Rau e com a presença de vários e com a seguinte ordem de trabalhos.

                Um encontro de aniversário e uma acta.

                Era o aniversário da menina Rau e por isso fomos ter com ela ao miradouro de S. Pedro de Alcântara, acho que era este. Antes ainda fui comprar um telemóvel novo com a minha mãe porque o dela não se ouve a falar, mas isso já é outra história distinta. Enfim, encontrei-me com Chico Norris no Camões depois de comprar tabaco e seguimos para cima, passando por uma litrosa no caminho. A Rau estava a falar em alemão com uns Alemães que lhe abriram a garrafa de vinho. Fomos para a parte de baixo do miradouro, que tem uns banquinhos muito mais fofos e o George Clooney de Albuquerque

                Depois chegaram o Peru e a sua oliveira, e depois o Fabiano, o Zé Gato e a Bacalhoa. A Rau tinha bolo e comemos bolo e gomas. Chegaram mais amigos dela e seguimos para o Bairro Alto. Lá, encontrámos Andrea e Wolverine e a Miss Navarro perdeu um brinco. Fomos a um sítio com caipirinhas mega e mega caras e depois fomos para o Indie. Eu e Chico Norris fomos sentar-nos à porta do Conservatório. Ainda estivémos lá um bocado, mas mais ninguém veio ter connosco e saímos de lá logo depois de dois mânfios me terem cravado cigarros. Não sei o que tem este tabaco Chesterfield de especial, mas a verdade é que os mânfios me têm pedido cigarros sem parar e agora só me resta um único cigarro.

                Depois pedi ao Fabiano que fizesse daquela coisa legal da loja. Mas ninguém o conseguiu fumar convenientemente e tive de ser eu a fumar quase tudo. Foi quando o pior aconteceu. Fui sentar-me outra vez à porta do Conservatório com a Andrea. E a Andrea pôs-se a ralhar comigo, a dizer que eu não devia misturar a risperidona com os canabináceos, e eu a explicar-lhe que não que os receptores são diferentes e uma coisa não interfere com a outra. E não é que assim que eu me levanto sinto uma tontura tal que não me aguento em pé? E preciso de ir a respirar por ali afora como se estivesse quase a morrer? Que mau exemplo. Isto não acontece assim tantas vezes. Ou se calhar acontece e eu é que não reparo.

                Depois eu fui para casa, estava cansada do dia anterior. Esqueci-me da chave e tive de pedir que me abrissem a porta e foi horrível. Em compensação, um peixe-lua foi a casa da sua avó.


Desta vez o Andrè não esteve presente, por isso fica em sua homenagem a fantástica história que ele contou uma noite destas e que me esqueci de colocar na acta. Havia um frigorífico, ou refrigerador, que não funcionav. Tinha sardinhas lá dentro, à volta de um pão-de-ló, mas como estava o refriegerador estragado as sardinhas apanharam a E.coli das sardinhas e tornaram-se um perigo para a humanidade. E a humanidade pensou como se podia salvar. A solução estava nas gaivotas, que são quem come as sardinhas. E elas comeram as sardinhas e dominaram o mundo. Mas como as sardinhas tinham E.coli das sardinhas, as gaivotas ficaram com uma enorme caganeira. E aí elas pensaram “só tenho um dia para viver. O que é que eu vou fazer? Vou foder!” e puseram-se a fazer tal actividade, de forma a que estavam sobre rochas com as ondas a bater e a ter orgasmos e a gritar ah ah ah ah ah. E é esta a relação entre Os Mutantes e O José Cid.

                E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim, a Amiga Imaginária, na qualidade de secretária, que a redigi.

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